Patamar é o mais alto da série histórica desde fevereiro de 2016, e o mais alto no mês de setembro desde a chegada do Plano Real em 1994.
Nesta sexta-feira (24) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é considerado a prévia da taxa de inflação oficial do país, subiu de 0,89% no mês de agosto para 1,14% em setembro, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado foi acima da expectativa segundo pesquisa de economistas, que previa o aumento de 1,02%. O índice acumulado no ano bateu 7,02%, já no período de 12 meses o valor atingiu 10,05%, praticamente o dobro da meta do governo prevista para 2021 que era de 5,25%.
Os aumentos do preço da gasolina e da energia elétrica, foram os principais responsáveis pela disparada da inflação. A alta da energia impacta diversos setores de produção que acabam influenciando o preço final repassado aos consumidores. O setor alimentício também sofreu uma alta, encarecendo os produtos da cesta básica avaliada pelo IBGE.
A B3 abriu em forte queda, resultado da desconfiança gerada após a divulgação da prévia da inflação. Às 15h41, o Ibovespa recuava 0,14%, aos 113.249 pontos. As reformas estacionadas no Congresso também afetam negativamente os investidores que ficam receosos de depositar valores em um país que possa atravessar uma crise. A FGV informou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 6,5 pontos em setembro, para 75,3 pontos, menor patamar em 5 meses.
Inflação é o nome dado à variação de preços de produtos e serviços, calculados pelo IPCA e INPC. A sigla IPCA corresponde ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, englobando uma parcela maior da população e utilizada oficialmente pelo governo. A referência para o cálculo são os preços de uma cesta de produtos e serviços definidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) consumidos pela população em relação aos valores da mesma cesta no mês anterior.
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